Com a história de Potter, Hermione e Rony foi totalmente diferente. Assim como seus personagens e seu público, as aventuras foram ficando sérias, sombrias, violentas, sexys e muito, mas muito maduras. E temos que agradecer isso ao grande cineasta Alfonso Cuarón. Se a saga das histórias, escritas por J.K. Rowling, ficou realmente séria e ganhou credibilidade com a crítica foi por causa do diretor de O Prisioneiro de Azkaban.
Antes de falar do novo e épico filme, vamos a breves críticas dos anteriores (lembrando que li apenas metade do segundo livro e os dois últimos, logo as críticas são aos filmes, só falo da adaptação sobre
os que li):
- A Pedra Filosofal – O filme, dirigido por Chris Columbus, que levou o primeiro livro da saga para os cinemas é magia pura. Conhecemos Harry, um menino, órfão, que sofre bullying na casa onde mora com os tios. Com a chegada de seu 11º aniversário, ele é convidado para entrar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lá conhece seus futuros grandes amigos, Rony Weasley e Hermione Granger. Faz amizades, inimigos, ganha confiança de professores, conhece sua história e a grande ameaça que “ajudou” a destruir (ah, você sabe quem, nem preciso falar, né?) e se encanta a cada novo feitiço, criatura e situação nova. No final, enfrenta pela primeira vez seu grande vilão e começa sua carreira de bruxo.Pontos Positivos: O elenco britânico de primeira com: Alan Rickman (Snape), Maggie Smith (Minerva), Richard Harris (Dumbledore), John Hurt (Olivaras) entre outros. A majestosa e marcante trilha sonora de John Williams. E por final o Quadribol!
Pontos Negativos: Alguns efeitos especiais ficaram esquisitos, como quando Neville cai da vassoura, o Trasgo e mais alguns. A direção de Chris Columbus não é lá essas coisas, vide sua filmografia com filmes legais, mas nenhuma obra-prima.
- A Câmara Secreta – Um pouquinho mais sombrio que o primeiro filme, mas ainda num tom mais mágico do que outra coisa, a segunda aventura de Harry é marcada pelo início da mostra de um dos maiores valores do Lorde das Trevas: a raça pura. O filme tem um bom argumento sobre preconceito contra bruxos descendentes de trouxas os: sangues ruins. Além disso o filme começa a adicionar um pouco de violência na história, trazendo um pouco de sangue para as telas. Na história, Harry chega para seu segundo ano e começa a descobrir que um mal ronda os corredores de Hogwarts. Descobre um pouco sobre o passado de Voldemort e enfrenta um Basilísco (uma cobra gigante que mata só de olhar em seus olhos).Pontos Positivos: Dobby, um dos personagens mais carismáticos e queridos da série. Kenneth Branagh, como o professor Gilderoy Lockhart, traz um pouco de comédia com canastrice para os momentos cômicos da história. O quadribol, sim ele novamente. A apresentação da família Weasley, tão importante para a história. E a luta com o Basilísco.
Pontos Negativos: Novamente a direção de Chris Columbus que deixa passar bons momentos e estraga outros que poderiam ser mais bem dirigidos. A ausência de Dumbledore, Richard Harris sofria com o câncer e faleceu no final das filmagens, ao longo da história.
- O Prisioneiro de Azkaban – Talvez um dos melhores filmes da saga, este longa de Alfonso Cuarón foi o “divisor de águas” da série. A partir deste capítulo, os filmes de Harry Potter ficaram realmente sérios e sombrios. Harry foge da casa dos tios e descobre que o homem acusado de entregar seus pais para Voldemort acabara de fugir da prisão de Azkaban. Dementadores, seres que sugam as lembranças alegres e posteriormente a alma das pessoas, são inseridos na história, assim como Lupin, professor de Defesa Contra as Artes das Trevas deste ano. A história tem um desenrolar tão bacana, que fica difícil descrever em poucas linhas, mas estamos falando de uma aventura que ainda mexe com lobisomens e viagens no tempo! Tudo numa fotografia azul-cinzento que é simplesmente genial. Ah e ainda temos GARY OLDMAN!!!Pontos Positivos: Efeitos especiais na medida certa, compondo o ambiente e não sendo artificial. Viagem no tempo. Gary Oldman como o perturbado Sirius Black. Michael Gambon assumindo, e muito bem, o papel de Dumbledore.
Pontos Negativos: (difícil...) Talvez a mudança muito rápida para o tom sombrio possa ter assustado um pouco os espectadores, principalmente os que não leram as obras. Daniel Radclife está meio alterado no papel, passa um pouquinho da conta em alguns momentos, mas nada que comprometa. Enfim, difícil começar a criticar a partir daqui...
- O Cálice de Fogo – Até hoje o filme dirigido por Mike Newell é o meu preferido. Não sei se é pela temática do Torneio Tribruxo, se é pelo clima de “adolescentes com hormônios em fúria” ou se pelo gran finale com a volta definitiva de Lord Voldemort. O filme começa de uma forma genial, com a Copa do Mundo de Quadribol, coisas fantásticas, ídolos esportivos, num clima muito britânico. Logo em seguida começa a tensão com o primeiro ataque dos Comensais da Morte. Esse tom de uma coisa legal, animada, seguida de um momento de tensão percorre todo o filme. A trama: Harry volta para Hogwarts, que este ano será a sede do Torneio Tribruxo. Como não tem idade Harry não poderia se inscrever, mas acaba sendo sorteado, gerando a desconfiança dos demais alunos e dos professores. Com provas que envolvem Dragões, Sereias e um labirinto, o jovem bruxo passa a ganhar a admiração dos envolvidos, principalmente das meninas. No fim, durante um ritual com um clima tenso e bem pesado, Voldemort volta a vida, tendo o primeiro embate com Harry, que vai aprender ali o valor do amor de sua mãe.Pontos Positivos: O Torneio Tribruxo e suas provas, principalmente a dos dragões e a do lago. O ator Brendan Gleeson como o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Olho Tonto Moody. O Baile de Inverno e a banda. Ralph Fiennes como Voldemort. E a morte de Edward...ops...Cedric Digory (essa só pra implicar com fãs de Crepúsculo).
Pontos Negativos: A cena da Copa do Mundo de Quadribol é muito rápida. Poderiam ter explorado-a mais.
- A Ordem da Fênix – Este filme marca o início da carreira potteriana de David Yates, que aqui assume a série até seu último filme. Entretanto este é o filme mais monótono de todos. Talvez pelo livro ser muito grande e com muito detalhes, principalmente sobre profecias e a inquisição da professora Dolores Umbridge que toma a escola de Dumbledore. Com a chegada desta a escola se torna cheia de regras, punições e adota quase um regime de ditadura. Com o perigo iminente da volta de Voldemort, Harry junta amigos leais e que queiram lutar pelo bem e formam uma espécie de exército que treina as escondidas na sala precisa. O final do filme no ministério da magia vale por toda a monotonia, a cena é realmente espetacular.Pontos Positivos: Imelda Stauton como a professora Dolores Umbridge é impagável. O teor de ameaça e clima mais sombrio que a história começa a ter. Uma fotografia meu azul-acinzentada dá esse clima. A “expulsão” de Fred e Jorge é ótima também. A cena final com a queda de prateleiras cheias de bola de cristal culminando em mais uma batalha entre Harry e Voldemort. E a cena de possessão de Harry que assustaria criancinhas que tivessem os pais mais desavisados.
Pontos Negativos: História MUITO arrastada. Algumas coisa do tipo: se a sala precisa muda de lugar e some, como que a parede de entrada explode? O beijo de Harry Potter e Cho Chang, tão aguardado pelos fãs é tão chinfrim.
- O Enigma do Príncipe – O segundo filme de David Yates para a saga tem um clima de prólogo. Diferentemente dos outros filmes este não conta um arco fechado da história de Potter, mas começa a contar como a série se encaminhará para o sua, ou melhor suas aventuras derradeiras. Com mais um professor novo, Horácio Slughorn, o filme mostra a corrida de Harry e Dumbledore para descobrir os segredos por trás de Voldemort. Harry descobre que o Lorde das Trevas dividiu sua alma em pedaços, as Horcruxes, e espalhou pelo mundo. Mas nada para Potter é fácil e junto com o diretor começa a ver lembranças do encontro de Dumbledore e o jovem Tom Riddle, coleta novas com o professor Slughorn e vai com o diretor da escola atrás de uma das Horcruxes. Paralelo a isso o clima de pegação, sentimentos amorosos e tudo o que um adolescente na casa de 17 anos pode sentir dão um tom mais descontraído a trama.Pontos Positivos: Jim Broadbent, conhecido como o dono do bordel no filme Moulin Rouge, dá um tom cômico, sarcástico e dramático ao seu Horácio Slughorn. A cena da busca ao medalhão e o ataque do Inferi é muito bom, cheio de ação, suspense e cenas bem sombrias. Rupert Grint está impagável como Rony apaixonado e depois fugindo da namorada sufocadora.
Pontos Negativos: No livro (este eu li, logo posso reclamar..hehehehe) o mais importante de toda a história é conhecer as horcruxes, saber seus significados para Voldemort e para sua história. Descobrimos o porquê de este ter se tornado a vilão. Isso ficou de fora do filme e fez muita falta. É o maior erro da franquia que depois teve que arranjar uma outra forma de mostrá-las.
- As Relíquias da Morte: Parte 1 – Antes de falar do filme tenho que ressaltar que a idéia da Warner de dividir o livro em dois foi sensacional. Tanto para o lado artístico da série, quanto para o lado financeiro. As Relíquias da Morte: Parte 1 é muito fiel ao livro. Até na parte chata e monótona ele é igual. Harry, Rony e Hermione decidem sair juntos para procurar das Horcruxes e destruí-las, para então, acabar de vez com o Lorde das Trevas. Com uma fuga espetacular no início o filme e uma invasão ao Ministério da Magia tão espetacular quanto, o longa começa a ficar paradão a partir de então. Os três amigos não sabem como destruir a primeira parte da alma de Voldemort e viajam por diversos lugares, brigam diversas vezes, fazem as pazes até o momento em que finalmente conseguem destruí-la. Daí em diante são raptados, levados para o refúgio inimigo e conseguem escapar mais uma vez. Para cada “vitória”, a guerra contra o mal deixa marcas e os três começam a perder amigos e aliados.Pontos Positivos: O início do filme é genial, mostrando cada um dos três personagens principais se preparando para o fim. Hermione apagando a memória dos pais, tirando-a de suas vidas é ao mesmo tempo emocionante e forte de se assistir. A cena do ministério da magia é outra coisa sensacional, equilibrando tensão, aventura e comédia. O final do filme também é emocionante. E a fotografia do filme, com paisagens fora de Hogwarts era digna de um Oscar. E um dos pontos principais do filme, o momento em que se explica o que são as relíquias da morte é feito como um desenho espetacular!
Pontos Negativos: As cenas de “camping” dos amigos são chatas e arrastadas. Algumas pontas soltas no roteiro, como a história de Dumbledore, são esquecidas ao longo do filme.
E agora queridos leitores chega o momento. Se vocês não dormiram ainda ou foram ler alguma notícia da Nana Gouvêa na praia no EGO, chega o momento de falar do último, do derradeiro e do magnífico final da série Harry Potter!
Dez anos depois de eu ter me sentado no São Luiz, sem esperar nada pelo filme que ia ver, lá estava eu, entrando no cinema tenso, aguardando o que iria ver. Com medo de, por algum erro no universo, me decepcionar com o que estava prestes a ver. Felizmente saí do cinema com aquele sorriso de “acabou, não tem mais Harry Potter, mas quer saber, foi sensacional!”Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 é uma grande aventura, um magnífico final para uma saga tão importante para a cultura Pop moderna. As duas horas e pouca de filme passam tão depressa que a sensação é que tivemos uns 30 minutos de filme.
David Yates acerta a mão no clímax e traz para os fãs da série tudo o que eles mais queriam. Personagens que sumiram dos roteiros dos últimos filmes voltam de forma apoteótica, em destaque a professora Minerva McGonagall, de Maggie Smith.
Sim o filme tem algumas falhas: novamente a história de Dumbledore parece aparecer, mas fica pelo caminho e a morte de um grande aliado de Harry é tratada com tanta indiferença... Nada que desanime!
O desfecho é fiel ao livro, e na minha opinião melhor na tela. Os roteiristas deram mais movimento a grande batalha final, principalmente ao embate entre Harry e Voldemort. As perdas são sentidas pelos personagens e pelos espectadores. A cena principal de Snape, com suas lembranças é para ficar na memória dos fãs para sempre.
O epílogo, cena guardada a sete chaves pela produção, é mágica. A cena é simples, a trilha sonora é a imortalizada por John Willians, os atores são os mesmos desde 2001 e aquele olhar, aquela câmera fechando em seus rostos, mais velhos e maduros, materializa o que houve com os fãs, cresceram, amadureceram e agora precisam seguir suas vidas. Sempre com as lembranças das batalhas, vôos de vassoura, feitiços e criaturas fantásticas, entretanto agora é a hora de crescer e seguir em frente. Obrigado, Harry, Rony e Hermione.
Gostei do texto. Ainda não vi os últimos filmes mas acho o fim da saga nos livros muito bom e coerente. Também tenho críticas às adaptações cinematográficas devido aos detalhes q a Rowling soube tão bem descrever no papel mas que não foram bem transportados para a tela. Incluo aí a história das Horcruxes, como você escreveu, e os Dementadores, que, para mim, tem uma outra aparência! kkk Coisas de leitora...
ResponderExcluirAlexandre, vc se superou! AMEI seu texto! Como vc escreve bem, hein! Super claro! Consegui relembrar de todos os filmes e com riqueza de detalhes! Tb AMEI o final! Me senti carente, sem Harry ... mas o filme foi perfeito! Acho q vc tem q investir na carreira de crítico de cinema ; )
ResponderExcluirObrigaaaaaaado!!! Vou investir!!
ResponderExcluir=D
Bjão!