
Estava doido para fazer esse texto desde que vi os dois filmes em questão, mas o Uma Coca e Um Filme ainda não tinha aparecido na minha vida e, bom, não tinha onde publicar. Mas vamos ao que interessa...
Interessante como Hollywood parece querer fazer o caminho contrário do que acontece ultimamente com o mercado de games. Quando lança-se um filme de heróis ou que atraia os jovens, imediatamente aparece um jogo para todos os consoles com a história do longa ou alguma paralela ou que complete o enredo. Só um adendo, esses jogos costumam ser ruins e muitas vezes mal acabados.
Mas em 2011 começamos a temporada das grandes estreias com uma coisa interessante. Filmes com temática e estética de games chegaram as telonas. Não estou falando de remakes ou adaptações como Mortal Kombat, Street Fighter (aquilo não era Street Fighter) ou Resident Evil. São filme “originais” que levam um formato de videogames, o que pode agradar em cheio aos fãs do XBOX 360 ou do PlayStation 3.
Primeiro foi Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles. O filme do diretor Jonathan Liebesman (O Massacre da Serra Elétrica: O Início) apresenta uma série de ataques alienígenas a Terra que destrói as grandes metrópoles. Os mariners tem que defender Los Angeles antes que a cidade seja mais um território perdido. Até aí nada de novo, mas o modo como o filme é contado e as cenas de ação são iguais ao de um Call of Duty: Modern Warfare ou de um Battlefield. Antes dos tiroteios temos um pouquinho de história, mensagens patrióticas e a explicação da missão que está por vir. Sendo assim, vamos a câmera colada nos soldados e apontando para onde seus fuzis apontam. Aproximamos ou reduzimos a mira junto com o personagem e seguimos perseguindo aliens e tentando resgatar reféns. No final, o filme perde em história até para algum desses jogos, mas os tiros e a aventura não deixa nada a desejar.
O segundo e não menos “jogável” é Sucker Punch – Mundo Surreal, de Zack Snyder (Watchmen e 300). O filme parece uma mistura de Final Fantasy, Dragon Age, um Medal of Honor “Steampunk” e qualquer jogo que tenha lutadoras gatas e gostosas. Enfim, o filme é quase um orgasmo nerd-playstatiônico! O diretor condensa tudo em cenas-fases que vão parecem mais linear do que o de Batalha de Los Angeles. Aqui o filme funciona assim: se não completar a fase, não pega o item e não consegue avançar para a próxima. Logo a personagem principal, BabyDoll e suas companheiras tem que enfrentar dragões, um batalhão de exército steam, samurais gigantes e robôs. Mas o problema desse game é que, tirando o início, as historinhas entre as fases são monótonas e chatas, daquelas que você quer apertar o “start” pra que ela passe logo, mas não consegue.
Em Sucker Punch, a cena dos robôs parece um daqueles ataques combos que vemos em God of War, cada botão que se vai apertando, o personagem dá um golpe diferente, causando uma bela cena em câmera lenta e sem cortes.
Mas agora, ao final deste texto me pergunto, será que os filmes se aproximam dos games ou os games dos filmes? Enfim, gosto do meu PlayStation e dos meus filmes. É legal a ideia de juntar as duas temáticas, mas a indústria não pode se esquecer: queremos filmes bons, games bons, filmes-games bons e games-filmes bons. Não adianta sair lançando qualquer idiotice, achando que vai agradar. Até porque somos nerds, não se esqueça!
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